Embora os fabricantes de eletrônicos estejam autorizados a produzir tablets com incentivo fiscal desde maio do ano passado a queda de preços ainda é inferior aos 30% a 40% estimados pelo governo quando concedeu o benefício. Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o secretário de Política de Informática do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Virgílio Almeida, explicou que os preços dos aparelhos só devem diminuir quando houver maior escala de produção, o que vai diluir os custos. O uso de componentes nacionais nos aparelhos também influenciaria uma queda no preço final dos produtos.
Ao verificar preços de tablets fabricados no País, o jornal apontou, por exemplo, uma redução de apenas R$ 20 a R$ 30 no modelo Galaxy Tab 10.1, da Samsung, o que corresponde a apenas 1% a 2%. Consultada pela Folha, a sul-coreana afirmou que a importação de peças e a mão de obra são custos maiores do que os impostos que foram reduzidos pelo governo.
A Motorola, que hoje vende o tablet Xoom por valor cerca de 21% menor do que o iPad da Apple (importado), revelou que uma parte do incentivo fiscal acabou gerou uma redução de preços ao consumidor: 13% no modelo com 3G e 15% na versão só com Wi-Fi. Além dos fabricantes citados, outras seis empresas já estariam fabricando tablets no Brasil, de um total de 11 autorizadas a seguir o mesmo caminho. Mais 17 pediram a permissão e aguardam resposta do governo.
[via Revista Home Theater]