A equipe pernambucana Digital Mangue vai em julho para Sidney, na Austrália, representar o Brasil na Imagine Cup de 2011, a Copa do Mundo da Microsoft. Yuri, Paulo, Edmiel e Hugo desenvolveram o First Care System, um dispositivo composto por hardware e software que monitora os sinais vitais de pacientes de um hospital em tempo real por meio de sensor cardíaco, termômetro, acelerômetro e oxímetro e envia informações em tempo real para um servidor, via conexão wireless. O sistema tem baixo custo e potencializa o trabalho das equipes médicas.
A ideia já os colocou duas vezes entre os seis melhores da competição: em 2011, inscreveram o hardware "Embeded Brain", na segunda categoria mais importante da competição, venceram a etapa de Curitiba e foram a Nova York, nos Estados Unidos, representar o Brasil. Em 2012, graças aos comentários positivos dos juízes, decidiram inscrever o software que roda no dispositivo e emplacaram o primeiro lugar, em maio. "A gente já tinha feito o software, mas achava que o diferencial era o hardware. Os juízes disseram que conseguimos dar uma solução para um problema real e global", explica Hugo Rodrigues, mestrando em ciências da computação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), considerado líder da equipe.
Eles agora vão a Sidney concorrendo na categoria principal, Projeto de Software. Além de Hugo, a equipe é formada por Iury Luã de Melo Pereira e Paulo Rafael Feodrippe, alunos de engenharia da Escola Politécnica de Pernambuco (Poli-UPE), Edmiel Leandro Silva, de sistemas da informação da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Juntos, trabalham no projeto First Care System há mais de um ano, desde fevereiro de 2011.
Com a ajuda do mentor do projeto, Francenildo Kleyson, da Escola Técnica Estadual Professor Agamenom Magalhães (Etepam), o grupo se prepara para a final através do contínuo aperfeiçoamento do projeto. “Estamos melhorando tanto o equipamento, que é o hardware, quanto o sistema mesmo, o software, que é o que conta na competição. Prestamos muita atenção no feedback dos juízes, na fase nacional, ouvimos o que poderia ser melhorado. (...) Espero que no máximo no meio de junho já tenhamos tudo fechado, para planejar a apresentação final e realizar testes”, afirma Rodrigues.
Caso vençam a Imagine Cup 2012, o plano é continuar investindo neste e em novos projetos. Os rapazes já se organizam para formar uma empresa, e começaram a realizar experimentos na área, que devem ser realizados após a competição. Rodrigues diz que o dinheiro do prêmio será reinvestido em iniciativas do grupo: “Vamos aprimorar esse projeto e também realizar outros, mostrar para investidores, conseguir mais dinheiro. Nessa área é preciso reinvestir sempre o dinheiro, para poder lucrar e crescer”.
Com passagens em mãos e pouco mais de um mês de preparação pela frente, os jovens estudantes tem todas as armas para chegarem ao pódio final. Agora é torcer para que o Brasil vença pela primeira vez a categoria mais importante da Imagine Cup.
[via G1]
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